«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
terça-feira, fevereiro 27, 2007
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Para sempre, Zeca! - Menina dos Olhos Tristes
E voltas em mim, a mim, 20 anos depois de teres partido.
Trazes As Pombas que Os Vampiros sugam, com a Canção Longe que vai fazendo erguer o Coro dos Caídos.
Os Bravos vão festejando o Natal dos Simples, em fundo, com a Canção de Embalar que adormece a Menina dos Olhos Tristes. Sonha ela com o Cavaleiro e o Arcanjo, no Tecto da Montanha. Ali Está o Rio - disse ela - e as Barracas, Ocupação, que vejo Por Trás Daquela Janela, mostrando as Saudades de Coimbra com a Balada do Mondego.
Qualquer Dia, Vejam Bem, Já o Tempo se Habitua, e A Formiga no Carreiro pergunta ao Senhor Arcanjo: Onde Lá Vai Jeremias? - Era de Noite e Levaram-no - respondeu -, Os Eunucos pela Avenida de Angola. Mais um para lamentar a Canção do Desterro.
Eu, o Povo, Tinha Uma Sala Mal Iluminada, onde chorava a Saudadinha da Mulher da Erva que ceifava o Milho Verde. Agarrava-te eu Se Voaras Mais ao Perto. Dei-te o nome de Maria Faia. Vai, Maria Vai, corre para os poetas d'A Cidade e Traz Outro Amigo também. Venham Mais Cinco, que Eu (não) Vou Ser Como a Toupeira. Vamos realizar a Utopia, que A Morte Saiu à Rua já vezes de mais. Vamos!, que O Que Faz Falta é acabar com o Avô Cavernoso, que quis esconder nos bosques densos e escuros Um Homem Novo [que] Veio da Mata!
Aproveitemos Enquanto Há Força! Ouvimos já o Coro da Primavera, num Cantar Alentejano que a Grândola, Vila Morena transformou em Letra Para Um Hino! Canta Camarada! Basta de comer só O Pão Que Sobra à Riqueza! Entoemos as Cantigas do Maio. Entoemos A Paz, o Poeta e as Pombas, Que o Amor Não Me Engana e eu amo a Liberdade!
Viva o Poder Popular!
Trazes As Pombas que Os Vampiros sugam, com a Canção Longe que vai fazendo erguer o Coro dos Caídos.
Os Bravos vão festejando o Natal dos Simples, em fundo, com a Canção de Embalar que adormece a Menina dos Olhos Tristes. Sonha ela com o Cavaleiro e o Arcanjo, no Tecto da Montanha. Ali Está o Rio - disse ela - e as Barracas, Ocupação, que vejo Por Trás Daquela Janela, mostrando as Saudades de Coimbra com a Balada do Mondego.
Qualquer Dia, Vejam Bem, Já o Tempo se Habitua, e A Formiga no Carreiro pergunta ao Senhor Arcanjo: Onde Lá Vai Jeremias? - Era de Noite e Levaram-no - respondeu -, Os Eunucos pela Avenida de Angola. Mais um para lamentar a Canção do Desterro.
Eu, o Povo, Tinha Uma Sala Mal Iluminada, onde chorava a Saudadinha da Mulher da Erva que ceifava o Milho Verde. Agarrava-te eu Se Voaras Mais ao Perto. Dei-te o nome de Maria Faia. Vai, Maria Vai, corre para os poetas d'A Cidade e Traz Outro Amigo também. Venham Mais Cinco, que Eu (não) Vou Ser Como a Toupeira. Vamos realizar a Utopia, que A Morte Saiu à Rua já vezes de mais. Vamos!, que O Que Faz Falta é acabar com o Avô Cavernoso, que quis esconder nos bosques densos e escuros Um Homem Novo [que] Veio da Mata!
Aproveitemos Enquanto Há Força! Ouvimos já o Coro da Primavera, num Cantar Alentejano que a Grândola, Vila Morena transformou em Letra Para Um Hino! Canta Camarada! Basta de comer só O Pão Que Sobra à Riqueza! Entoemos as Cantigas do Maio. Entoemos A Paz, o Poeta e as Pombas, Que o Amor Não Me Engana e eu amo a Liberdade!
Viva o Poder Popular!
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Perdido nas Maldivas
Introdução e conclusão:
As Maldivas são uma seca e Leça da Palmeira é que é bom.
Maldivas é um pequeno país - Leça da Palmeira é uma grande freguesia e uma cidade ainda maior.
Maldivas tem como única fronteira real o estado das Laquedivas, na Índia - Leça da Palmeira tem fronteiras reais com Matosinhos, Santa Cruz do Bispo e Perafita.
Malé é a capital das Maldivas - Leça da Palmeira é capital de si própria.
O presidente das Maldivas chama-se Maumoon Abdul Gayoom - O presidente da freguesia de Leça da Palmeira chama-se Pedro.
O hino das Maldivas chama-se Gavmii mi ekuverikan matii tibegen kuriime salaam - O hino de Leça chama-se Hino do Leça.
Maldivas também pode chamar-se Divehi Rajjeyge Jumhuria - Leça da Palmeira chama-se Leça da Palmeira.
Maldivas tem uma palmeira no símbolo do país - Leça da Palmeira não tem qualquer maldiva na sua bandeira.
É em Leça da Palmeira que se localizam dois equipamentos de importância nacional: a Refinaria da Petrogal e o recinto de feiras da Exponor - Não há registo de quaisquer equipamentos de importância nacional nas Maldivas.
Maldivas tem cerca de 1.100 ilhas e apenas 200 são habitadas - Leça da Palmeira tem todas as ilhas habitadas: Ilha do Volta, Ilha do Cunha dos Cães, Ilhas do Sardoal, Ilha da Avenida...
Aqui ficam listadas possíveis comparações entre Leça da Palmeira e Maldivas. Para quem defende que as Maldivas um local mais atractivo do que Leça da Palmeira, aí está a resposta.
Dedicado à Margarida, que, entre outras actividades, escreve coisas para depois um senhor dizer.
As Maldivas são uma seca e Leça da Palmeira é que é bom.
Maldivas é um pequeno país - Leça da Palmeira é uma grande freguesia e uma cidade ainda maior.
Maldivas tem como única fronteira real o estado das Laquedivas, na Índia - Leça da Palmeira tem fronteiras reais com Matosinhos, Santa Cruz do Bispo e Perafita.
Malé é a capital das Maldivas - Leça da Palmeira é capital de si própria.
O presidente das Maldivas chama-se Maumoon Abdul Gayoom - O presidente da freguesia de Leça da Palmeira chama-se Pedro.
O hino das Maldivas chama-se Gavmii mi ekuverikan matii tibegen kuriime salaam - O hino de Leça chama-se Hino do Leça.
Maldivas também pode chamar-se Divehi Rajjeyge Jumhuria - Leça da Palmeira chama-se Leça da Palmeira.
Maldivas tem uma palmeira no símbolo do país - Leça da Palmeira não tem qualquer maldiva na sua bandeira.
É em Leça da Palmeira que se localizam dois equipamentos de importância nacional: a Refinaria da Petrogal e o recinto de feiras da Exponor - Não há registo de quaisquer equipamentos de importância nacional nas Maldivas.
Maldivas tem cerca de 1.100 ilhas e apenas 200 são habitadas - Leça da Palmeira tem todas as ilhas habitadas: Ilha do Volta, Ilha do Cunha dos Cães, Ilhas do Sardoal, Ilha da Avenida...
Aqui ficam listadas possíveis comparações entre Leça da Palmeira e Maldivas. Para quem defende que as Maldivas um local mais atractivo do que Leça da Palmeira, aí está a resposta.
Dedicado à Margarida, que, entre outras actividades, escreve coisas para depois um senhor dizer.
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
"Maria... la chiave!"
... disse o Roberto para impressionar a principessa.
Hoje vou construir estradas novas para o interior e levar comigos anos de chumbo depositados à beira mar, para equilibrar este país inclinado para poente.
Vou pegar no meu plano tecnológico, nos meus 150 mil empregos e enfiá-los no meio do terreno montanhoso de Trás-os-Montes e no deserto do Alentejo.
Levo a Educação comigo para os dormitórios das periferias e aceno com a segurança e com estudos para rentabilizar meios.
Mas faço as estradas para o interior e fecho os hospitais, as maternidades e as urgências. Aumento os rendimentos dos taxistas, porque não há transportes públicos. Nem tudo é mau. Os dois ou três taxistas que servem 15 aldeias ficam contentes. Quinze? Menos duas, dentro de pouco tempo, porque os velhos morrem e os novos fogem. Fogem para onde há hospitais e maternidades e urgências.
Faço-me à estrada nova e percebo que o alcatrão não trata os esgotos, nem dá electricidade, nem aumenta as reformas de miséria, porque se dou o caminho para o desenvolvimento, retiro o que o faz desenvolver.
Pego nos 150 mil empregos e retiro os nove mil que foram criados em dois anos. Faltam 141 mil, está quase.
Vou aos caixotes das periferias onde fui guardando vidas e tiro-lhes a polícia. Racionalizo meios que não tenho.
Hoje quis ser governante e fi-lo até agora. Tive a chave e fui fechando fábricas pela fechadura que a eleição me deu.
Hoje vou construir estradas novas para o interior e levar comigos anos de chumbo depositados à beira mar, para equilibrar este país inclinado para poente.
Vou pegar no meu plano tecnológico, nos meus 150 mil empregos e enfiá-los no meio do terreno montanhoso de Trás-os-Montes e no deserto do Alentejo.
Levo a Educação comigo para os dormitórios das periferias e aceno com a segurança e com estudos para rentabilizar meios.
Mas faço as estradas para o interior e fecho os hospitais, as maternidades e as urgências. Aumento os rendimentos dos taxistas, porque não há transportes públicos. Nem tudo é mau. Os dois ou três taxistas que servem 15 aldeias ficam contentes. Quinze? Menos duas, dentro de pouco tempo, porque os velhos morrem e os novos fogem. Fogem para onde há hospitais e maternidades e urgências.
Faço-me à estrada nova e percebo que o alcatrão não trata os esgotos, nem dá electricidade, nem aumenta as reformas de miséria, porque se dou o caminho para o desenvolvimento, retiro o que o faz desenvolver.
Pego nos 150 mil empregos e retiro os nove mil que foram criados em dois anos. Faltam 141 mil, está quase.
Vou aos caixotes das periferias onde fui guardando vidas e tiro-lhes a polícia. Racionalizo meios que não tenho.
Hoje quis ser governante e fi-lo até agora. Tive a chave e fui fechando fábricas pela fechadura que a eleição me deu.
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
SIM e os testículos
SIM. Foi o que disse a maioria dos portugueses vontantes no referendo do dia 11.
Não foi vinculativo, infelizmente, mas obriga na mesma ao cumprimento da primeira promessa eleitoral da era socratista. Socrática, não. Isso é outra coisa, mais grega.
Depois de uma campanha cheia de coisas estranhas, desde os panfletos nas mochilas de crianças, aos vídeos do Marcelo Rebelo de Sousa no youtube. Ou o professor a conseguir dizer que a diferença de meios entre as campanhas do SIM e do NÃO foi enorme... Mas a favor do SIM. Certamente que o professor esteve muito tempo em casa a filmar os vídeos e não viu os milhares de outodoors espalhados pelo país, em que o "Não obrigada" foi rei e senhor.
E a questão é mesmo esta. A mulher continua a ser "Não obrigada" a abortar e os movimentos pela vida (?) podem continuar com o trabalho comunitário de apoio a grávidas que dizem fazer. Pena que não tenham apresentado números sobre as intervenções que fizeram desde 1998.
Jardim veio hoje lançar-se ao barulho. Falou nos testículos que faltam aos portugueses. Ao presidente do governo regional da Madeira não faltam os ditos. Tem-nos, certamente, juntinho ao cérebro, sendo essa a principal explicação para tamanha cara de cu...
Não foi vinculativo, infelizmente, mas obriga na mesma ao cumprimento da primeira promessa eleitoral da era socratista. Socrática, não. Isso é outra coisa, mais grega.
Depois de uma campanha cheia de coisas estranhas, desde os panfletos nas mochilas de crianças, aos vídeos do Marcelo Rebelo de Sousa no youtube. Ou o professor a conseguir dizer que a diferença de meios entre as campanhas do SIM e do NÃO foi enorme... Mas a favor do SIM. Certamente que o professor esteve muito tempo em casa a filmar os vídeos e não viu os milhares de outodoors espalhados pelo país, em que o "Não obrigada" foi rei e senhor.
E a questão é mesmo esta. A mulher continua a ser "Não obrigada" a abortar e os movimentos pela vida (?) podem continuar com o trabalho comunitário de apoio a grávidas que dizem fazer. Pena que não tenham apresentado números sobre as intervenções que fizeram desde 1998.
Jardim veio hoje lançar-se ao barulho. Falou nos testículos que faltam aos portugueses. Ao presidente do governo regional da Madeira não faltam os ditos. Tem-nos, certamente, juntinho ao cérebro, sendo essa a principal explicação para tamanha cara de cu...
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