segunda-feira, dezembro 29, 2008

É...

Sou oficialmente um insensível. Não sinto cheiros nem sabores. Só dores no corpo todo.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Curiosidades

E como se chama o responsável do Observatório de Segurança das Estradas que concluiu que as auto-estradas portuguesas potenciam a formação de lençóis de água?

Luís Salpico.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Do jornalismo

Quando entrei na redacção d'O Comércio, já lá vão sete ou oito anos, as primeiras coisas que o Rock me ensinou - e que criou em mim um hábito que mantenho até hoje - foi que a primeira coisa a fazer quando se chega ao jornal é ler os jornais do dia. Hoje, é preciso ler os jornais do dia, dar uma volta pelos sites e, de preferência, ouvir os noticiários da manhã na rádio, para além da Sic Notícias e, se houver tempo, a RTPN.

Outra das coisas que aprendi foi que o trabalho de um jornalista é, também, pôr os intervenientes na notícia a falar correctamente. Pode não parecer, mas é um contributo importante para os leitores externos, chamemos assim, e para aqueles que citados entre aspas na peça.

É, por vezes, um desafio tremendo para os jornalistas que cobrem desporto. Não só, mas também para eles. Não é fácil pôr alguns presidentes, treinadores e jogadores e falar português correcto. Vem isto a propósito de uma notícia da Lusa que está online no Sol, onde pode ler-se que um responsável de um sindicato afirmou que a greve tem uma adesão "superior a 100 por cento".

Daqui, para além do lapso ou ignorância do sindicalista, podemos confirmar o lapso ou a ignorância do jornalista e do editor. Ou então, uma tremenda sucessão de mal-entendidos. Ou, como disse mais lá para baixo, anda mesmo tudo a nanar.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Natal

Pedintes; esmolas; multidão; confusão; gripe; frio; chuva; presépio e o menino ao frio; prendas; embrulhos; laços; doces; correr; luzes; pinheiro; mais pedintes; Legião da Boa Vontade; Banco Alimentar; mais pedintes; Popota e Tony Carreira; perfumes; meias; meias inteiras; bacalhau; batatas; polvo; farrapo velho; roupa nova; amigos; sms; emails; mais frio; mais pedintes; acabem com os semáforos; telefonar; postais; Natal dos Hospitais; crise; contas; jantares de Natal; amigos esquecidos; remorsos; lixo; família; rir; bombeiros; lotaria; comer...

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Revolta

Desde há anos que anda uma série de pessoas a olhar para o sol, as estrelas, os pólos, o gelo, o buraco do ozono e o caralho e a encherem-nos a cabeça com o filho da puta do aquecimento global.

Aquecimento global?! Onde??

HÁ SEMANAS QUE ESTÁ UM FRIO DO CARALHO!

terça-feira, dezembro 16, 2008

Um Toninho aos saltos

Raismapartam se eu não tinha pensado neste gajo, mesmo hoje de manhã, quando lia que o Manuel Alegre já não diz que disse o que disse, no seu habitual nem sim nem não, antes pelo contrário.

A histeria maratonista louçaniana de uma alternativa que vá a votos, saída da boca de Manuel Alegre, contrasta com o BE a concorrer sozinho às legislativas, como disse o seu líder numa entrevista à RTP. Isso passou tudo a secundário. Mesmo com todas as contradições inerentes às duas figuras, que não são mais que as contradições evidentes de quem não tem uma linha de rumo ou um fio condutor por onde possa pegar-se. Alegre pode bem falar no milhão de votos, que não terá ao lado de Louçã, e Louçã iludir-se com mais um agregado, que ao BE apenas trará ainda menos coerência e credibilidade. E as franjas - tão queridas ao BE - jamais votarão Alegre por tudo o que ele representa em três décadas de Parlamento: nada.

Se pessoalmente me deixa fulo da vida o tom Eduardo Sá com que às vezes fala comigo, também é verdade que Rock me proporciona momentos interessantes de debate. Para quem não conhece, é mais ou menos como aquele gajo que deixa o porto numa caravela para chegar à Índia mas, quando vai a ver, percebe que chegou às Berlengas - e justifica: As Berlengas também são um continente, só que em pequenino.

Não deixes é cair o R à Revolução, nem subestimes o poder da rua. Tira-te algum brilho e a história mais ou menos recente vai-te provando o contrário. Para além de deixar-te demasiado parecido com quem concebeu estes outdoors, em 2004, lembras-te?


A terminar, meu caro, as revoluções são como o amor: eternas enquanto duram. E eu, que nem sou um romântico, acredito que há amores que podem ser para toda a vida.

A virtude de ser diferente

Sair uma centena de militantes de um partido com alguns milhares não é significativo. Importava também saber quantos entraram. Mas, mais que isso, perder um deputado também não é significativo. Disse-o o Mário Bettencourt Resendes, comentador de política da TSF, enquanto eu ainda esfregava os olhos com o sono.

É por este tipo de coisas que tenho orgulho em ser comunista. Quando se deu o afastamento de Luísa Mesquita foi um caso nacional. E ainda bem. Ainda bem que reconhecem uma forma diferente de ser e de estar ao PCP.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Anda tudo a nanar??

Ontem, a Lusa noticiava isto, que encontrei online no Público:

07.12.2008 - 20h45 Lusa

"O Governo vai proceder, em 2009, ao recrutamento de dois mil novos elementos para a PSP e para a GNR, e construirá sete carreiras de tiro para treino, disse hoje, em Famalicão, o ministro da Administração Interna".

Em 05.09.2008, na SIC

"O nosso esforço contempla a duplicação de investimento nas forças de segurança até 2012, de acordo com a lei da programação", disse Rui Pereira, salientando que privilegia também o equipamento das forças de segurança com armas de fogo. Rui Pereira adiantou que o Ministério da Administração Interna não descura a necessidade de treino com essas armas e que, por isso, até ao fim do ano estarão concluídas pelo menos sete novas carreiras de tiro".

Aliás, quer-me parecer que já durante a discussão do OE para 2009, o ministro foi confrontado com uma pergunta sobre as carreiras de tiro. A resposta foi que "os srs. deputados ainda vão ter uma surpresa".

Mas se calhar sou eu que tenho uma grande memória e me lembro destas coisas todas...

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Ainda o XVIII Congresso do PCP

Reunião do Comité Central de 11 e 12 de Novembro de 2005

O XVII Congresso do PCP realizado em 26, 27 e 28 de Novembro de 2004 colocou como questão central a dinamização e a concentração da atenção do colectivo partidário no lançamento e concretização de uma nova fase do movimento geral de reforço da organização partidária. Em 11 e 12 de Novembro de 2005 o Comité Central, concretizando as orientações do XVII Congresso, aprovou a resolução:

«Sim, é possível! Um PCP mais forte».

O discurso de encerramento de Jerónimo de Sousa, com o recurso ao "Sim, é possível", mereceu desde logo doutas considerações de vários comentadores da nossa praça. Desde a acusação de vendidos ao capital, por recuperar um slogan de Obama, até à falta de imaginação.

Este facto prova duas coisas:

1 - Para além de demonstrar que única coisa que conhecem do PCP é o espaço das Teses destinado à situação internacional e, mesmo esse, utilizam-no abusivamente, com conclusões facciosas, mais na linha do que gostariam que o PCP fosse, do que aquilo que o PCP é.

2 - O evidente subacompanhamento das iniciativas do PCP. De outra forma, como observadores atentos da realidade, certamente que teriam tomado conhecimento desta iniciativa, que decorreu em 2005.

Ou então é só mesmo imbecilidade.

Verdade!

Acredito que o secretário de Estado Jorge Pedreira fale verdade quando diz que a maioria das escolas está aberta.

Não é preciso ser muito inteligente para perceber isso. A greve de hoje é dos professores e não dos auxiliares de acção educativa...

terça-feira, dezembro 02, 2008

Que seca!

O XVIII Congresso do PCP foi uma seca para algumas pessoas.

Não me vou dar ao trabalho de linkar todos os textos - ou sequer alguns - da blogosfera sobre o que foi escrito. Mas posso garantir que é inversamente proporcional ao que foi possível acompanhar na Comunicação Social.

Tanta coisa aconteceu no Campo Pequeno! E há gente que até se entretém a escrever sobre o que nunca aconteceu.

  • Congresso à "porta fechada" - Transmitido em directo em pcp.pt;
  • Honório Novo foi purgado - Saiu a pedido do próprio;
  • Vítor Dias passou de ortodoxo do Comité Central a uma luz no fundo da ortodoxia comunista. Na hora da saída, claro;
  • "Congresso marcado por críticas ao BE" - Para além de Jerónimo, apenas outras duas intervenções referiram o Bloco. As que se referiram ao Sá Fernandes não contam, já que ele não é do Bloco;
  • Eleição dos órgãos do CC à porta fechada - Sim, porque as escolhas das DN do PS, do PSD, do BE e do CDS são à porta escancarada;

Enfim, tanta coisa, tanta. Basicamente, se o Comité Central não sofresse alterações, o PCP era imobilista e mais do mesmo; se há alterações no Comité Central, os que saem é porque são purgados, os que entram são estalinistas. Nada de novo, portanto.

O que realço, mais uma vez, é a semelhança dos posts de tantas áreas diferentes da política. O PCP incomoda mesmo!