sexta-feira, novembro 03, 2006

Era uma vez um partido

O Partido Nova Democracia, de Manuel Monteiro, está com vida difícil. Não conseguiu qualquer dos objectivos: fazer frente ao PP, aproveitar margens de descontentes do PSD e abarcar novos militantes, até então afastados da vida política.

O partido continuou a viver da imagem do seu líder, com aparições esporádicas e, na maioria das vezes, inconsequentes. Redundou num enorme falhanço, não conseguindo chamar a si o elevado número de descontentes com Ribeiro e Castro e os indiferentes do PSD à actuação de Marques Mendes.

Mas o grande culpado da crise do PND é o Partido Socialista. Com o engenheiro Sócrates à cabeça, a direita, em geral, não tem espaço como oposição e, por outro lado, não quer admitir que o actual Governo está a fazer exactamente o que a direita faria se estivesse no poder.

A direita vive agora, em Portugal, um período semelhante ao vivido pelos partidos de esquerda logo após o 25 de Abril, quando havia muitos partidos de esquerda.
Há direita a mais. Temos o PS, o PSD, o PP, o PND e os fascistas - pelo menos os mais claramente fascistas - do PNR.
Ofertas a mais para eleitorado a menos.

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