Caiu o governo. Bem, dizer que caiu não será a expressão mais adequada. Na verdade, o governo não caiu; só aproveitou uma entrada de carrinho de Cavaco Silva no novo mandato como Presidente da República para se fazer ao penalty.
E Pedro Passos Coelho caiu como um pato, sedento que estava para avançar para eleições. Apontou para a marca dos
Na verdade, não só não houve grande penalidade como Passos Coelho demonstrou ser o Olegário Benquerença da política. Sócrates sabe que o PSD, se ganhar as eleições, vai fazer um trabalho tão mau, ou pior, do que o PM demissionário vinha praticando. E isso dá a Sócrates uma almofada confortável para a campanha. Até porque Passos Coelho anunciou, logo após a demissão do PM, que aumentará o IVA.
A par disso, por coincidência, o Eurostat veio pedir informações ao muito nosso Instituto Nacional de Estatística sobre as contas do nosso défice, que, ao que parece, está um bocadinho acima do previsto, fruto da nacionalização dos prejuízos do BPN.
Felizmente, o mundo não é a preto e branco, ou a rosa e laranja, no caso. Há mais vida para além do que todos os dias nos apresentam como inevitável. E não, não são todos iguais. Mal estaríamos nós se, em 10.000.000 de habitantes, não houvesse diferenças. Saibamos nós distingui-las, para que percebamos que aquilo que temos em Portugal não são os políticos que merecemos; são antes os políticos que queremos, que escolhemos e que escolhemos não ser.
*Publicado na edição de Abril do Notícias de Matosinhos
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