Há 5Dias assim. Há 5 dias, o Renato e a Raquel davam como exemplo a plataforma 15O para a democracia mais pura, os amanhãs que cantavam para um Povo dividido entre precários, não precários, sindicalizados e não sindicalizados, onde a CGTP incorpora os demónios, ao que parece, porque os militantes do PCP são eleitos pelos seus pares para cargos de direcção na Intersindical.
Ao que parece, a CGTP tem seguranças que não deixam as pessoas participarem livremente nas suas manifestações e ainda está de braço dado com os malvados polícias, fazendo cordões à volta de manifestantes que só na cabeça destas duas almas são indesejados.
No sábado, a plataforma 15O não repetiu os feitos anteriores no que respeita à mobilização. É assim que funciona quando a imprensa não nos leva ao colo ou passa 15 dias a falar sobre a coisa.
Curiosamente, no sábado ficámos a saber que a plataforma 15O também tem seguranças e, pasme-se, veda o acesso à manif a um conjunto de cidadãos com recurso aos malvados polícias. Entenda-se que fizeram bem. Eu também não estaria numa manifestação com fascistas, o que leva a duas perguntas:
Quem garante que nas outras manifs não estariam as mesmas pessoas, não identificadas, já que, pelo menos nas primeiras, não havia um fio condutor de linha política, uma alternativa ou um plano de acção claro e ideológico?
Agora que a plataforma 15O assumiu que tem seguranças e que recorre à polícia para circunscrever manifestantes a um espaço delimitado, qual será o argumento para atacar a CGTP, para além do PCP que, ao que parece, é um alvo crónico de um movimento tão agregador?
Na sexta, comentei o texto acima linkado avisando que “todos juntos, lado a lado, cada um com a sua política (e o seu pensamento) nas mãos. E se o logramos certamente também com uma garrafa de champagne, para celebrar a vitória" era uma afirmação perigosa. Todos é muita gente. Como se provou, cuspir para o ar em dias em que não há vento pode ser um problema.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
segunda-feira, janeiro 23, 2012
Do 8 ao 80 em 5Dias
tags e tal:
cgtp,
ena tantos,
pcp
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário