terça-feira, abril 24, 2007

Eu, Ronco

Fantástico.

Li aqui que dormir 20 minutos custa apenas 14 dólares. Empresas para dormir, nos Estados Unidos, claro.

O conceito, inovador e tão útil, foi lançado por uma empresa e logo surgiu uma concorrente. A Yelo.

Parece-me que a concorrente tem a maior vantagem no nome do presidente: Nick Ronco. Mais apropriado era impossível.

De registar que, para sonos mais longos em horário laboral, basta ser eleito na AR.

E sempre se poupam os 14 dólares.

quinta-feira, abril 19, 2007

Olá desqualificação

Manuel Alegre já veio criticar a campanha "Novas Oportunidades", lançada pelo governo do seu partido. De acordo, a mensagem é passada de uma forma infeliz, denegrindo a dignidade de algumas profissões.

No entanto, a mim parece-me bem mais grave e tenho medo, muito medo, que a campanha tenha o resultado inverso, pelas seguintes razões:

Não sei o que é melhor: ser iletrado ou cantar como o Pedro Abrunhosa. Logo ele? Mas de quem foi a ideia? Cheira-me que há aqui o dedo do Manuel Pinho...

E que moral tem o Governo para incentivar a malta a regressar à escola, quando o nosso primeiro se desenrascou da forma que desenrascou para ser engenheiro, deixar de ser engenheiro e ser engenheiro outrra vez?

Qual é o risco de não estudar? Chegar a Primeiro-ministro?

segunda-feira, abril 16, 2007

Regresso ao passado - Parte III

Não, não é preciso ser engenheiro, nem doutor, nem arquitecto, nem professor. Preciso, mesmo, é a humildade para não ter vergonha disso. É só uma questão de valor(es).

105.3

Os olhos semi-cerrados pela força do sol, logo de manhã, fazem-me pegar nos óculos pretos, riscados, que me turvam a vista, enquanto os Sinais, do Fernando Alves, vão-me guiando pelo meio do trânsito caótico.

Hoje tenho a voz que quiser, porque hoje é o dia dela. Hoje as vozes soam mais alto e mais fortes, todas elas, e não só a do Fernando Alves, que chega a todo o lado, independentemente de ser o dia dela ou não.

A voz de quem a não tem vai sendo dada por roteiros que incluem. Incluem a voz dos mudos que são todos os dias esquecidos, menos um dia por ano, quando passam lá as tv's, as rádios e os jornais, que seguem o Presidente, avidamente, à espera de um registo da sua voz que possa fazer eco da voz dos outros.

Estranho. Não deixo de pensar que é, apenas, um monólogo de um surdo. Que fala mas não inclui na voz aqueles a quem o roteiro devia servir.

Diz ele: Incluir os velhinhos, os desempregados, os deficientes, ou todos aqueles que juntam tudo isto numa só voz, quando a têm. Não sabe, porque, afinal, parece mesmo um monólogo de um surdo, que há instruções expressas para atrasar ao máximo os apoios estatais às crianças com necessidades educativas especiais. É assim na DREN. É assim em todas as DRE's.

Saem caras e não têm voz. Menos hoje, que é o dia dela.

quinta-feira, abril 12, 2007

Regresso ao passado - Parte II

Também vale a pena passar os olhos aqui e ver como a ficção pode tornar-se realidade...

Regresso ao passado

Andei para trás até 2004 e fui reavivar a memória.

Passei por aqui e fui revivendo o que foi o princípio do fim.

Hoje, não tive necessidade de recuar tanto no tempo e vi aqui uma coisa parecida.

Mas parece que foi o princípio de coisa nenhuma...

quarta-feira, abril 11, 2007

Público-Alvo

Hoje foi um dia histórico para a justiça e jornalismo portugueses. Ficámos todos a saber que a verdade é crime.

O Supremo condenou o Público por ter publicado uma notícia verdadeira, relativa a uma dívida do Sporting ao Estado. Uma indemnização de 75 mil euros. Foi um atentado ao bom-nome do Sporting, porque, segundo os Conselheiros, a notícia não era do interesse público. Portanto, ficamos todos a saber que, para, os Conselheiros do Supremo, não é do interesse público saber quem deve ao Estado. Assim, a decisão de publicar online a lista de devedores ao Estado, uma medida tão saudada, poderá ser contestada e ganha no Supremo, uma vez que trata-se de um atentado ao bom-nome dos cidadãos e empresas, sem qualquer interesse público.

Voltando ao Público, mas não ao interesse, o director José Manuel Fernandes disse, aos microfones da TSF, que a maior expectativa para a entrevista de logo à noite está centrada em saber "as causas do abrandamento aparente nas reformas e quais os projectos do Governo para os próximos dois anos", deixando para segundo plano o esclarecimento sobre as habilitações do nosso Primeiro.

Primeiro: enganou-se. É apenas um ano e dez meses. Porque esta entrevista, diga-se, para balanço dos primeiros dois anos de governação, vai ter lugar quando passaram dois anos e dois meses desde a eleição.Segundo: O Público lançou a notícia sobre a licenciatura de Sócrates. José Manuel Fernandes está pouco interessado nisso. A mim também me preocupam os tempos que se avizinham. Mas também me preocupa saber se o primeiro-ministro mentiu ou não.

Pressões? Telefonemas? Nada disso...


Todos nós acreditamos na separação de poderes e tudo isto são apenas coincidências. Ainda bem...

terça-feira, abril 03, 2007

All - á é grande!

O ministro Manuel Pinho conta já com a minha pessoa entre os seus milhares de fãs.

Confesso que não estava à espera de falar mais dele do que do senhor Delgado.

O ministro é um génio incompreendido, e a polémica em torno do recém-baptizado Allgarve é a prova disso mesmo. Afinal, quem se lembraria de acrescentar um L só porque soa melhor (?) em inglês?

All-garve = Tudo-garve; Todo-garve;


Foi o All-garve. Se fosse Ll-isboa não fazia diferença, porque significa exactamente o mesmo que All-garve. Ou Allentejo.

Honra seja feita ao ministro. Se em vez do inglês ele tivesse optado por outra língua, ia ser ainda menos compreendido, ora vejamos:

所有-garve - chinês

alle-garve - holandês e alemão
tous-garve - francês
όλοι-garve - grego

tutti-garve - italiano
すべて-garve - japonês
모두-garve - coreano
все-garve - russo
todos-garve - espanhol

E ainda se queixam de quê?

Vou mais longe, sou uma pessoa ambiciosa. Por isso, proponho mais algumas alterações ao léxico português.

All-garve = ólgarve, por isso:

All-iveira do Douro (ali em VN Gaia, mas podia ser de Azeméis, do Bairro...)
All-aurindinha, vem à janela (música popular)

All-iud (coisa de filmes, nos EUA)
All-impo (divino, ali na Grécia, quem sobe, logo à direita)
All-facto (cheira, pois cheira)

Coca-c-All-a (para beber)
Carac-All (devagar, devagarinho)
Cachec-All (para o frio)
Interp-All (bófia)
Água m-All em pedra dura (provérbio)
T-All-a (em cima do pescoço)
Cervej-All-a (que faz barriga)


Viva Portugall!