Ontem, na Assembleia Municipal extraordinária convocada pelo presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, houve vários assuntos em debate. O que mais me atraiu a atenção, confesso, foram os novos factos em torno da possível extinção/agregação de freguesias.
Primeiro: depois da reunião que o Movimento Por Leça manteve com o vereador Correia Pinto, a 21 de Outubro, onde foi referido que seria agendada uma AM extraordinária com a maior brevidade possível, ficámos a saber que o seu agendamento só seria decidido no final da AM de ontem. Que também foi extraordinária.
O presidente da CMM, Guilherme Pinto, revelou que só não tinha participado nas iniciativas da Junta de Freguesia de Leça porque o presidente da Junta sempre afirmou que a sua presença não era necessária.
Ora, na última Assembleia de Freguesia, o mesmo presidente da Junta, questionado sobre a ausência de Guilherme Pinto, afirmou desconhecer a agenda do presidente da Câmara. E assim se entalam dois compadres.
De notar também os avanços e recuos do presidente da Junta de Leça: primeiro era a favor da extinção de freguesias; passou a ser a favor da extinção de algumas freguesias, passou a ser a contra a extinção de freguesias - sendo impulsionador do movimento Freguesias Sempre -, deixou de comparecer nas reuniões do movimento que impulsionou (foi apenas a uma) e, agora, volta a ser a favor da extinção de freguesias, colocando Leça da Palmeira como deixando de ser uma freguesia agregada para ser uma "freguesia potencialmente agregadora". Alguém de Guifões, presente nas galerias, disse, e bem: "Existe alguém que, pedindo o respeito pela sua identidade, parece que está a querer passar por cima da de outros".
Outras informações sobre o mesmo assunto estão na página do Facebook do Movimento Por Leça.
Seguiu-se uma pequena intervenção sobre a Ramirez, que não comentarei uma vez que a minha opinião sobre o assunto será publicada na edição de Dezembro do jornal Notícias de Matosinhos, pelo que não seria correcto divulgá-la aqui.
Entretanto, enquanto se discutiam todas as matérias que, na minha humilde opinião, merecem alguma atenção, e não digo toda, vá, para não ser muito exigente, havia gente com outros afazeres.
O vereador Guilherme Aguiar, eleito pelo PSD e cooptado pelo PS, estava com a cabeça em água enquanto procurava a carta que lhe faltava para completar o jogo de Solitário no seu moderno Ipad.
E assim corre a vida em Matosinhos.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
sexta-feira, novembro 25, 2011
As freguesias, a Ramirez e a bisca
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