sexta-feira, outubro 24, 2008

Economias ou a falta delas

Adam Smith dá duas voltas e meia na tumba, ergue a mão invisível para os céus, olha para César das Neves, João Miranda e outros que tais e diz, com a voz embargada pelo desalento:


Ainda sobre economias e finanças e coisas que tais, seria interessante saber quantos alunos do Ensino Superior aderiram aos empréstimos disponibilizados pelo Governo através da CGD, qual o montante global que atingiu e se estes empréstimos - realço - fomentados pelo Estado são ou não crédito de risco, uma vez que são créditos de pessoas que, à partida, nem sequer estão inseridas no mercado de trabalho, pelo que não possuem rendimentos..

E se o crédito não for cumprido, vão executar o quê? Assim de repente, só me lembro do calhamaço do Samuelson, que custa 70 euros. Mas quer-me parecer que este valor não cobre o preço da licenciatura...

3 comentários:

Anónimo disse...

"Presumi, erradamente, que o interesse próprio das organizações, nomeadamente dos bancos, era suficiente para que eles protegessem os seus accionistas." Como é evidente que não, têm que ser os contribuintes a proteger os accionistas e o César das Neves ainda quer mais crise...

Rock Santeiro disse...

Por que é que quase sempre concordo contigo na avaliação da situação e quase nunca nas soluções apresentadas?
Uma dica: era ou não a troca de peles por garrafas de bagaço uma forma de capitalismo?

Ricardo M Santos disse...

Respondendo à primeira: Porque eu acredito num novo modelo social e tu não.
Respondendo à segunda: Não. Era uma troca. Não havia circulação de capitais. Era, talvez, bem mais justo, uma vez que eram transaccionados bens necessários a ambas as partes. Por exemplo: Pega lá uma pele de pila de andorinha que eu preciso de bagaço. Assim, o valor que cada um dos indivíduos atribuía aos bens era semelhante em função da necessidade. Logo, não havia o risco de haver uma sobrevalorização de um deles, aproveitando-se da necessidade do outro.