«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos»
José Saramago - Cadernos de Lanzarote
Ao contrário dos habituais malabarismos do Governo, a Greve Geral deste dia 30 de Maio pode ser considerada como uma grande acção de luta dos trabalhadores portugueses contra a política neoliberal do Governo PS/Sócrates. De facto, a Greve demonstrou a força e mobilização dos trabalhadores apesar de todas as ameaças do patronato e das medidas de carácter fascizante que o Governo procurou implementar numa espécie de caça ao grevista. Por outro lado, não nos devemos esquecer que o actual contexto de profunda vulnerabilidade dos contratos de trabalho e de crescente redução do poder de compra dos trabalhadores, constituem-se como factores dificultadores da luta e da organização e mobilização da Greve Geral.
Sublinhe-se ainda o sucesso da greve no sector público mas também no sector privado. Este é um ponto essencial e capital, na medida em que boa parte da comunicação social dominante, o Governo e os intelectualóides de serviço irão querer passar a imagem que a Greve Geral se terá resumido à função pública e aos transportes. Ora, isso não é verdade. No sector privado, vejam-se os exemplos dos CTT em Lisboa (85% de adesão à greve), call centers da TMN e da Optimus (1º turno com quase 100%), Autoeuropa (60%), Portucel de Setúbal (90%), Euroresinas em Sines (100%), Tudor/VFX (90%), Lisnave e Gestnave (100%), Groz/Beckert, empresa metalúrgica de Gaia (62,5%), Danone (73,33%), EDP em Lisboa (75%) e em Setúbal (70%), Blaukpunt em Braga (80% no turno da noite, 70% no turno do dia), Thyssen em Setúbal (85,71%), Petrogal/Matosinhos (100%), Lear em Palmela (76,67%), Unicer em Matosinhos (83%), Fisipe no Barreiro (97,14%), Cimianto em Vila Franca de Xira (80%), Auto-Sueco na Maia (98%), Rohde em Aveiro (96%), Estaleiros de Viana do Castelo (100%), Rotor/Nissan nos Montes Burgos, Porto (100%), Continente de Gaia (50% no turno das 8 horas da manhã), Refrige em Palmela (85%), Socometal do grupo Soares da Costa no Porto (91%), etc.
1 comentário:
Ao contrário dos habituais malabarismos do Governo, a Greve Geral deste dia 30 de Maio pode ser considerada como uma grande acção de luta dos trabalhadores portugueses contra a política neoliberal do Governo PS/Sócrates. De facto, a Greve demonstrou a força e mobilização dos trabalhadores apesar de todas as ameaças do patronato e das medidas de carácter fascizante que o Governo procurou implementar numa espécie de caça ao grevista. Por outro lado, não nos devemos esquecer que o actual contexto de profunda vulnerabilidade dos contratos de trabalho e de crescente redução do poder de compra dos trabalhadores, constituem-se como factores dificultadores da luta e da organização e mobilização da Greve Geral.
Sublinhe-se ainda o sucesso da greve no sector público mas também no sector privado. Este é um ponto essencial e capital, na medida em que boa parte da comunicação social dominante, o Governo e os intelectualóides de serviço irão querer passar a imagem que a Greve Geral se terá resumido à função pública e aos transportes. Ora, isso não é verdade. No sector privado, vejam-se os exemplos dos CTT em Lisboa (85% de adesão à greve), call centers da TMN e da Optimus (1º turno com quase 100%), Autoeuropa (60%), Portucel de Setúbal (90%), Euroresinas em Sines (100%), Tudor/VFX (90%), Lisnave e Gestnave (100%), Groz/Beckert, empresa metalúrgica de Gaia (62,5%), Danone (73,33%), EDP em Lisboa (75%) e em Setúbal (70%), Blaukpunt em Braga (80% no turno da noite, 70% no turno do dia), Thyssen em Setúbal (85,71%), Petrogal/Matosinhos (100%), Lear em Palmela (76,67%), Unicer em Matosinhos (83%), Fisipe no Barreiro (97,14%), Cimianto em Vila Franca de Xira (80%), Auto-Sueco na Maia (98%), Rohde em Aveiro (96%), Estaleiros de Viana do Castelo (100%), Rotor/Nissan nos Montes Burgos, Porto (100%), Continente de Gaia (50% no turno das 8 horas da manhã), Refrige em Palmela (85%), Socometal do grupo Soares da Costa no Porto (91%), etc.
Enviar um comentário