quinta-feira, janeiro 29, 2009

Recordar é viver

Esta posta do 5 Dias e a discussão em torno dela levou-me a recordar uma outra posta que há tempos escrevi aqui.

"Aqui no Porto, o insulto assume uma beleza democrática considerável. Qualquer gajo que não abrande num sinal de aproximação de estrada com prioridade é um filho da puta; se conduzir um topo de gama ainda melhor, porque é um chulo filho da puta, cujo pai é o tio.

Levamos tudo isto no melhor espírito democrático. Nuns dias são eles os filhos da puta, no dia seguinte sou eu. Acho que aqui ganhamos fígados para aguentar estas coisas.Eu já insultei tantas vezes tanta gente, até a mim, que não há texto legível que aguente tanto palavrão e tantos destinatários. Mas também já fui insultado. Também insultei enquanto manifestante, mas também já fui insultado enquanto manifestante.

Também já insultei figuras públicas, desde políticos, artistas, actores, actrizes, futebolistas, escritores, comentadores, tudo. Mas mesmo tudo. E não me considero por isso menos democrata.Pode ser difícil de perceber, mas, mesmo assim, tenho respeito pelas instituições e pelas pessoas. O insulto é quase uma interjeição, ainda mais numa manifestação, seja ela política, desportiva, tantas..."

2 comentários:

Ana Cristina Leonardo disse...

isso são coisas lá do norte; no sul é mais lançar pragas. por exemplo: "Permita Dês que toda a comida que hoje quemeres, amanhã a vás cagar ao cemitério já de olhos bem fechades"

Ricardo M Santos disse...

A Ana quer dizer "coisas CÁ do norte" no não é???

Mas olha que nós aqui também temos algumas pragas relacionadas com desarranjos intestinais, são é mais, digamos, objectivas...