Cavaco voltou ontem a demonstrar que pode ser muito bom em muita coisa, mas é um político desastrado. É um político que vive de silêncios e, quando fala, opta por dizer coisa nenhuma. Ou dizer um monte de coisas, baralhando "imeiles" pessoais com a segurança das comunicações da Presidência, acrescentando mais combustível a um incêndio que não dá mostras de abrandar.
Falou ao país não para explicar o que sucedeu, mas para dar a sua opinião pessoal sobre o que poderá ter acontecido.
Foi uma trapalhada que não devia ter acontecido. E, agora, aguarda-se que Cavaco diga o que não disse na comunicação aos jornalistas.
Ao acrescentar suspeição à suspeição, Cavaco entrou num conflito com o partido que governou até agora e que formará governo para os próximos 4(?) anos.
Post-it: Vai ser uma semana em grande para os politólogos, uns mais governólogos, outros mais presidenciólogos, mas será em grande para todos. E têm um ponto em comum: acham que somos todos analfabetos. Por mais que uma vez, comentadores afirmaram que "isto é claro para nós, que acompanhamos estas coisas e estamos informados, mas a generalidade das pessoas não percebe". Ora, posto isto, recomenda-se um mínimo de humildade: os comentadores perceberam exactamente o mesmo que o resto das pessoas; Cavaco não explicou coisa alguma.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
quarta-feira, setembro 30, 2009
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