Já está. As eleições para a concelhia de Matosinhos e da
distrital do Porto do PS decorreram com toda a normalidade. Por entre mensagens
intimidatórias oriundas dos aliados do presidente da Câmara até vidros
partidos, carros vandalizados e “militantes” que já não o são mas que
continuam, como que por mistério, a ser contactados para irem votar de cada vez
que há o circo, perdão, o ciclo eleitoral, há de tudo, como na farmácia.
Pode ser que, agora, os responsáveis pelo concelho possam ter
algum tempo para tratarem daquilo para que foram eleitos, se não for pedir
muito, e se sobrar algum tempo, depois das inaugurações de fachada para
“militante” ver.
Faz lembrar o PS nacional, que continua sem tempo para
política e preso no seu labirinto, a recolher cacos dos anos de Sócrates: entre
a conivência com o pacto de agressão do FMI e a violência das suas abstenções.
Daí o incómodo do PS – mais acentuado que o incómodo do
governo – com a moção de censura apresentada pelo PCP. É um problema para o PS
ter de censurar o governo sabendo que, se fosse governo, fazia o mesmo que
Passos Coelho.
*Publicado originalmente no jornal Notícias de Matosinhos
Sem comentários:
Enviar um comentário