Não faço generalizações, como acusa hoje o Ferreira Fernandes, no DN. Tudo bem, não me acusa directamente, que o senhor não me conhece, mas acusa um bocadinho.
O que (ainda?) choca na pedofilia na igreja católica é o papel que desempenha(?) como representante da moral, do apontamento dos erros dos outros, do perdão a troco de duas velas, da salvação. Sou orgulhosamente pecador e esclareço desde já que não procuro nem quero salvação. Até porque o meu Tio-João-Padre, jesuíta, há-de arranjar qualquer coisa quando chegar a altura.
A igreja é assassina hoje como foi no passado. Desaconselhar o uso do preservativo é criminoso, como é criminoso ver as mulheres como parideiras de potenciais crentes. E nem vale a pena lançar agora a discussão do celibato, porque não é o fim do celibato que acaba com a pedofilia.
Sobre este assunto, a "esquerda democrática e fracturante" no poder, junto com os seus acólitos da blogosfera, anda estranhamente sossegada. Um post aqui, outro acolá. Dos mesmos apaixonados pró-aborto e pró-casamento homossexual, que tanto ajudaram, e bem, nas duas causas. E nem o laico Mário Soares aborda claramente o assunto, também no DN de hoje.
A "esquerda" do PS português é um fenómeno. São os reflexos de terem transformado, há uns anos, casos semelhantes em luta política. Nesta matéria, como noutras, rabos de palha, pois claro, e todos sabemos quais os motivos.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
terça-feira, março 30, 2010
O estranho silêncio dos pecadores
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