A intervenção-felácio é um género de intervenção política que entrou mais em voga na Assembleia da República durante o primeiro mandato de maioria absoluta de José Sócrates, com a introdução dos debates (?) quinzenais. Consiste no lançamento de um tema previamente combinado entre o partido que suporta o Governo e o Primeiro Ministro, que tem como objectivo o auto-elogio e o anúncio propagandista de algo que, muitas vezes, fica morto à nascença. Na anterior legislatura era ao actual ministro da Justiça que cabia a tarefa, Alberto Martins, agora é a Francisco Assis.
Na Assembleia de Freguesia de Leça da Palmeira a coisa funciona de forma diferente: Depois do período de antes da ordem do dia, cabe ao público intervir e é do público que sai a intervenção-felácio, havendo alguém que faz o papel de Assis. Os mesmos propósitos, os mesmos métodos. Nem bom nem mau, antes pelo contrário.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
1 comentário:
Gostei da aplicação do termo Felácio.
Do Assis não percebi.
Saudações Marítimas
José Modesto
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