E voltas em mim, a mim, 20 anos depois de teres partido.
Trazes As Pombas que Os Vampiros sugam, com a Canção Longe que vai fazendo erguer o Coro dos Caídos.
Os Bravos vão festejando o Natal dos Simples, em fundo, com a Canção de Embalar que adormece a Menina dos Olhos Tristes. Sonha ela com o Cavaleiro e o Arcanjo, no Tecto da Montanha. Ali Está o Rio - disse ela - e as Barracas, Ocupação, que vejo Por Trás Daquela Janela, mostrando as Saudades de Coimbra com a Balada do Mondego.
Qualquer Dia, Vejam Bem, Já o Tempo se Habitua, e A Formiga no Carreiro pergunta ao Senhor Arcanjo: Onde Lá Vai Jeremias? - Era de Noite e Levaram-no - respondeu -, Os Eunucos pela Avenida de Angola. Mais um para lamentar a Canção do Desterro.
Eu, o Povo, Tinha Uma Sala Mal Iluminada, onde chorava a Saudadinha da Mulher da Erva que ceifava o Milho Verde. Agarrava-te eu Se Voaras Mais ao Perto. Dei-te o nome de Maria Faia. Vai, Maria Vai, corre para os poetas d'A Cidade e Traz Outro Amigo também. Venham Mais Cinco, que Eu (não) Vou Ser Como a Toupeira. Vamos realizar a Utopia, que A Morte Saiu à Rua já vezes de mais. Vamos!, que O Que Faz Falta é acabar com o Avô Cavernoso, que quis esconder nos bosques densos e escuros Um Homem Novo [que] Veio da Mata!
Aproveitemos Enquanto Há Força! Ouvimos já o Coro da Primavera, num Cantar Alentejano que a Grândola, Vila Morena transformou em Letra Para Um Hino! Canta Camarada! Basta de comer só O Pão Que Sobra à Riqueza! Entoemos as Cantigas do Maio. Entoemos A Paz, o Poeta e as Pombas, Que o Amor Não Me Engana e eu amo a Liberdade!
Viva o Poder Popular!
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
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