Ele (t)OPA tudo. BCP, PT, SLB, um museu e até manda directores embora por causa de uma bandeira (será?).
Joe Berardo, naquele madeirês americanizado, entreteve o país na última semana, ocupando horas e espaço de informação, numa altura em que Sócrates se prepara para aumentar a electricidade - mas só em Janeiro, porque agora vai descer -, acabar com a legislação laboral, alterar o regime jurídico das instituições de ensino superior e fazer passar por baixo da mesa o Tratado Europeu, ou Constituição Europeia, ou Pequeno Tratado Europeu, ou Carta de Recomendação Europeia, entre outros nomes que possam ser escolhidos.
Com Berardo, os 20.000 postos de trabalho que o norte do país perdeu em três meses, as 1.200 embarcações de pesca que vão ser abatidas passaram quase ao lado de tudo e de todos.
Berardo tem sido um verdadeiro santo para Sócrates, inundando a informação com OPAs e tudo o resto. Se calhar, só vamos pagar a factura daqui a dez anos, quando o milionário decide se fica ou não com a colecção do museu.
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e... a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, (...) privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos» José Saramago - Cadernos de Lanzarote
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