Moção de Censura Popular
Esta Moção de Censura Popular
expressa a vontade de um povo que quer tomar o presente e o futuro nas
suas mãos. Em democracia, o povo é quem mais ordena.
Os diferentes governos da troika não nos representam. Este governo não nos representa.
Este governo é ilegítimo. Foi eleito com
base em promessas que não cumpriu. Prometeu que não subiria os
impostos, mas aumentou-os até níveis insuportáveis. Garantiu que não
extorquiria as pensões nem cortaria os subsídios de quem trabalha, mas
não há dia em que não roube mais dinheiro aos trabalhadores e
reformados. Jurou que não despediria funcionários públicos nem
aumentaria o desemprego, mas a cada hora que passa há mais gente sem
trabalho.
Esta Moção de Censura é a expressão do
isolamento do governo. Pode cozinhar leis e cortes com a banca e a sua
maioria parlamentar. O Presidente da República até pode aprovar tudo,
mesmo o que subverte a Constituição que jurou fazer cumprir. Mas este
governo já não tem legitimidade. Tem contra si a população, que exige,
como ponto de partida, a demissão do governo, o fim da austeridade e do
domínio da troika sobre o povo, que é soberano.
Que o povo tome a palavra! Porque o
governo não pode e não consegue demitir o povo, mas o povo pode e
consegue demitir o governo. Não há governo que sobreviva à oposição da
população.
Esta Moção de Censura Popular é o grito
de um povo que exige participar. É a afirmação pública de uma crescente
vontade do povo para tomar nas suas mãos a condução do país, derrubando
um poder corrupto que se arrasta ao longo de vários governos.
No dia 2 de Março, por todo o país e em
diversas cidades pelo mundo fora, sob o lema “Que se lixe a troika! O
povo é quem mais ordena”, o povo manifestou uma clara vontade de ruptura
com as políticas impostas pela troika e levadas a cabo por este
governo.
Basta! Obviamente, estão demitidos. Que o povo ordene!
Assina, partilha e vamos lá dar o empurrão que falta!
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