Ao ler isto, e comentando o post do ilustre, apraz-me dizer o seguinte:
Fico feliz por saber que lê o Avante!. Devia fazer uma leitura mais atenta. Por exemplo, às conclusões saídas Congresso do PCP em que foram admitidos os erros e desvirtuamentos da ideologia socialista na URSS.
Pessoalmente, acredito que aprendemos com os erros, pequenos ou grandes, e são eles que nos fazem ser maiores. Houve desvios na URSS que ajudaram a construir uma imagem negativa do que é a ideologia marxista-leninista.
Mas o projecto de uma sociedade nova não morreu, por muito que custe a si e a muitos outros que, década após década, desde 0 25 de Abril, conjecturam o desaparecimento do PCP, que está a definhar, que já não é o que era.
Tenho pena que o seu preconceito ideológico não o deixe ir à Festa do Avante!. Verá que há muito mais para além das bifanas e que as insónias são muitíssimo salutares no recinto da Atalaia.
Voltando ao post, a ilustração também mostra bem o que é a manipulação. O Pedro Correia sabe que, em 1979, Estaline teria a bonita idade de 99 anos, data que não chegou a comemorar. Refere ainda o assassinato de Trostsky, que mordeu a língua e acabou morto pelo sistema que ajudou a criar, mais precisamente, pelos serviços do exército que comandou e ajudou a formar.
O Muro de Berlim, que a ironia o leva a dizer que nunca existiu, foi uma realidade, celebrada por muitos quando caiu. Talvez os mesmos que, agora, defendem a criação de um muro que separa os não-humanos dos civilizados.
Tendo integrado a equipa que fundou o Público, recorda-se, com certeza, da primeira edição. "Resistir até ao fim", com Cunhal de costas. Tê-la-á, se calhar, emoldurada, se calhar, não apenas por ser a primeira...
Se a vida de Cunhal chegou ao fim, o "fim" da manchete ainda não chegou...
Há coisas fantásticas, não há?
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